O movimento que colocou Brasília em chamas
A política brasileira vive um momento de tensão máxima. Um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a 40 assinaturas no Senado — faltando apenas um voto para ser analisado formalmente. O movimento foi articulado pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, e expôs como nunca antes o confronto direto entre Legislativo e Judiciário.
A batalha pelo 41º voto
De acordo com o regimento, a admissibilidade só ocorre se 41 senadores apoiarem o processo. Essa corrida pelo “voto decisivo” transformou os bastidores do Congresso em um verdadeiro cabo de guerra, com pressão de todos os lados. Nunca um pedido de impeachment contra um ministro do STF chegou tão longe na história recente do país.
Moraes: alvo e escudo ao mesmo tempo
Alexandre de Moraes é visto de forma oposta pelos diferentes grupos políticos. Para aliados de Bolsonaro, ele representa abusos do Judiciário e ativismo político. Já para seus defensores, Moraes é um guardião da democracia, responsável por enfrentar as ameaças golpistas de 8 de janeiro. Essa dualidade o transformou no personagem central da crise entre os Poderes.
Impeachment improvável, mas impacto devastador
Mesmo que o pedido avance, especialistas destacam que a cassação de Moraes é quase impossível: seriam necessários 54 votos, dois terços do Senado. Ainda assim, a simples admissibilidade já teria efeito explosivo, pois mostraria que o Congresso está disposto a enfrentar o STF, abrindo uma crise sem precedentes no equilíbrio institucional do país.
