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Lula Humilha Bolsonaro, Fala de Depoimento e Diz que Jair Estava Quase se Cagan… Ver mais

O que deveria ser um dia de anúncio e esperança em Mariana (MG) se converteu em um cenário de fortes embates políticos.

Nesta quinta-feira (12), durante agendas públicas em Mariana e Contagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o palco institucional para lançar farpas, defender aliados e esboçar movimentos para as eleições de 2026.

Datafolha aponta Brasil ainda polarizado entre Lula e Bolsonaro

A faísca do discurso aceso veio da repercussão do depoimento de Jair Bolsonaro ao STF, dois dias antes. Lula não poupou críticas ao ex-presidente: “Você vê que ele é um covardão… É muito fácil ser valente no celular”.O comentário arrancou risos e aplausos da plateia e deu o tom para o restante da fala.

Ele também criticou duramente parlamentares que, segundo ele, “se escondem atrás dos celulares para atacar e fugir do debate”, em referência clara aos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), envolvidos em bate-boca com o ministro Fernando Haddad na véspera.

Com tom firme, Lula alertou para o uso do celular como ferramenta de desinformação: “Tem deputado que não fala, só grava, xinga e corre. As pessoas estão aprendendo a viver de mentiras.” Ele ainda descreveu a Câmara dos Deputados como um ambiente “carregado de raiva e intrigas”.

Rodrigo Pacheco na mira de 2026

Em solo mineiro, Lula buscou fortalecer alianças para o futuro. Em dois eventos distintos, destacou Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, como seu nome favorito para disputar o governo de Minas.

“Nenhum desses picaretas de celular tem chance contra o Pacheco”, afirmou, numa referência velada a possíveis candidatos da direita, como Nikolas Ferreira e Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG).

Ele ainda comparou o cenário mineiro à eleição de João Doria em São Paulo em 2016: “Não podemos repetir aquele erro aqui”.

O presidente Lula (à esquerda) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (à direita) — Foto: Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo; Reuters/Adriano Machado

Tensão e memória em Mariana

A cerimônia em Mariana teve momento de tensão logo na abertura. O prefeito Juliano Duarte (PSB) foi vaiado ao mencionar a tragédia da barragem da Samarco, que matou 19 pessoas em 2015. Lula interveio: “O prefeito é meu convidado.

Hoje é um dia histórico para Mariana, não um palanque.” A atitude do presidente foi ovacionada.

A visita, marcada por discursos inflamados e projeções futuras, terminou com Lula enviando um recado político direto: “Minas não merece Nikolas nem Cleitinho. Já temos um governador.”