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Tragédia em Rio do Sul choca familiares e amigos
A cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, foi surpreendida por uma notícia devastadora: a morte precoce da jovem advogada Leticia Paul, de apenas 22 anos. Promissora na carreira jurídica, ela sofreu um choque anafilático durante a realização de uma tomografia com contraste, no Hospital Regional Alto Vale, na última quarta-feira (20). Apesar do atendimento emergencial e da entubação imediata, Leticia não resistiu e faleceu menos de 24 horas após o procedimento.
Procedimento considerado simples terminou em fatalidade
Natural de Lontras, cidade vizinha com pouco mais de 12 mil habitantes, Leticia realizava o exame como parte do tratamento contra pedras nos rins. Segundo familiares, a jovem já havia feito exames semelhantes sem qualquer complicação. “Ela fazia os exames com frequência. Nunca imaginamos que algo tão grave poderia acontecer dessa forma”, relatou a tia, Sandra Paul, em entrevista, ainda em choque com a tragédia.
Despedida marcada pela comoção
O velório ocorreu na quinta-feira (21), na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul, reunindo parentes, amigos e colegas de profissão. A cerimônia de despedida seguiu para o Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú. Conhecida pela dedicação aos estudos e destaque como uma das mais jovens advogadas da região, Leticia recebeu homenagens emocionadas que reforçaram o sentimento de luto coletivo.
Hospital se pronuncia e garante protocolos
Em nota oficial, o Hospital Regional Alto Vale lamentou a morte da paciente e manifestou solidariedade à família. A instituição afirmou que “todos os procedimentos são conduzidos em conformidade com os protocolos clínicos recomendados” e reafirmou seu compromisso com a ética e a segurança assistencial. Mesmo assim, a fatalidade levantou debates sobre os riscos, ainda que raros, do uso de contraste em exames de imagem.
O que dizem especialistas sobre o contraste
Segundo o radiologista Murilo Eugênio Oliveira, complicações graves relacionadas ao contraste são extremamente incomuns. “Existem muitos estudos comprovando a eficácia do método. A taxa de risco grave é inferior a 1% dos casos”, explicou. Os contrastes, aplicados por via intravenosa, são considerados fundamentais para diagnósticos precisos em tomografias, ressonâncias e radiografias. Ainda assim, reações alérgicas variam desde náuseas leves até quadros fatais de anafilaxia.
Reflexão sobre riscos e prevenção
O caso de Leticia expõe como até exames considerados de rotina podem trazer riscos imprevisíveis. Para especialistas, reforçar protocolos de acompanhamento antes, durante e após o procedimento é essencial, sobretudo em pacientes com histórico de alergias. A morte da jovem advogada deixa uma lacuna irreparável em sua família e comunidade, mas também serve como alerta sobre a importância de maior transparência e atenção aos riscos, mesmo nos procedimentos médicos mais comuns.